blogs trans-agressivos e Mainardis.
Ao ler alguns de meus textos, talvez, a opção mais óbvia seja a inclinação crítica para julgá-los como radicais. É ululante. Tais como aqueles esporros periodistas dados por Diogo Mainardi na revista Veja onde coloca o presidente na privada, os discursos arrasadores dos apresentadores das Tribunas do Povo nas televisões ou enfrentando os naufrágios da nação no discurso cáspio de Arnaldo Jabor e tantos, tantos outros. Nietzsche, em sua compilação de Ecce Homo, divagando sobre seus escritos aforistas em Menschliches, Allzumenschliches – Humano, Demasiado Humano - , relata que não vai ser mais um espanta moscas, não quer, não precisa, e, no entanto não se contenta em deixar de fazê-lo em uma só linha antes, durante ou depois.
Serão mágoas, carências, afetações, recalques, perturbações? Será que a professora na infância deixou de castigo na frente de todo mundo ou será que é mal amado? Será que é amargo ou será que é infeliz?
Qual é a do chocolate amargo? Café combina com muito doce (ou com algum)? Precisa adoçar o suco de laranja? Se a metáfora gastronômica for falaz, uso outra: você aperta uma mão suja?
Vemos que tudo ou qualquer coisa nesse mundo tem o seu lugar. Não significa que qualquer tudo pode caber no meu lugar. As vezes o meu grande lugar são entrelinhas, arrasadoras ou adulantes. As vezes são duas toneladas, outras peso-pena. Depende.
Existe genialidade na indústria cultural para as massas. Mas também é possível perguntar se essa indústria cultural existe. Será que toda produção cultural não é industrial sob as mesmas matrizes culturais. Matrizes culturais? O processo de subjetivação que decorre dos produtos de massa tem um rosto esquisito para mim. Não disse odioso. As vezes se gosta mesmo do esquisito. Ama-se. Outras vezes se acha patético.
Enquanto o axé toca por ali longe de mim, me devoto a outras alegrias, talvez clandestinidades. De repente, um cachimbo. Ôpa, uma bola na boca do cachorro.